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TARSILA DO AMARAL

TARSILA DO AMARAL
GRANDES ARTISTAS

A vida de Tarsila é marca do caloroso caráter brasileiro e expressão de sua exuberância tropical. Foi uma desenhista, pintora e tradutora brasileira, considerada uma das principais artistas do Movimento Modernista Brasileiro.

Tarsila do Amaral, nasceu em 1886 em Capivari no interior de São Paulo e faleceu em 1976, com 86 anos, em São Paulo capital. Filha de ricos fazendeiros de café, teve sempre apoio e incentivo da família para desenvolver seu trabalho.

Em 1916, ainda adolescente, aprendeu\ pintura em São Paulo. Viajou para a Europa, com seus pais e frequentou uma escola de artes em Barcelona e ainda estudou na Académie Julian em Paris (1920- 1923).

Tarsila voltou ao Brasil em 1922 e conheceu alguns artistas influentes da Semana de Arte Moderna de São Paulo, que tinha acontecido entre os dias 11 a 18 de fevereiro de 1922, os participantes estavam interessados em mudar o pensamento artístico conservador brasileiro. E ela foi convidada a se juntar ao movimento e fundaram o Grupo dos Cinco, ao lado de Anita Malfatti, Menotti Del Picchia, Mário de Andrade e Oswald de Andrade. Um grupo de pintoras (as mulheres), os escritores e poetas eram (os homens). Eles trabalharam entre 1922 e 1929. Como grupo, desenvolveram ideias e manifestos que inspiraram futuros artistas brasileiros, como o manifesto poético Pau-Brasil e o Manifesto Antropófago.

Em 1923, Tarsila pintou uma de suas obras mais famosas A Negra, cujo tema é uma grande figura negra estilizada, com um único seio proeminente e o fundo são formas geométricas.

Em 1926, Tarsila casou-se com Oswald de Andrade e viajaram para a Europa e Oriente Médio. Em Paris, ainda em 1926, fez sua primeira exposição individual na Galerie Percier. Seus trabalhos foram elogiados e chamados de exóticos, originais, ingênuos e cerebrais.

No seu retorno ao Brasil, tinha incorporado o Surrealismo em sua arte nacionalista e a sua primeira pintura dessa fase foi Abaporu (1928), o tema da obra é uma grande figura humana estilizada de pés enormes sentado no chão – Abaporu é um termo indígena “o homem come”.

Em 1929 na cidade de Paris, Tarsila viu obras Cubistas, Futuristas e Expressionistas, que mostravam interesse pelas culturas africanas e primitivas e isso levou Tarsila a utilizar as formas indígenas brasileiras, enquanto incorporava os estilos modernos que havia estudado. Nesse período as cores de Tarsila ficaram mais vibrantes, ela escreveu que havia encontrado as “cores da sua infância”.
Logo depois Oswald de Andrade escreveu seu Manifesto Antropofágico, que literalmente chamava os brasileiros para devorar estilos europeus, livrando-se de todas as influências diretas, e criar seu próprio estilo e cultura. Tarsila incorporou esse conceito em sua arte. Em vez de serem devorados pela cultura europeia, eles próprios devorariam a Europa. No ano seguinte, a influência do manifesto continuou, Tarsila pintou Antropofagia (1929), que apresentava a figura do Abaporu junto com a figura feminina de A Negra de 1923, além da folha de bananeira brasileira, cacto e novamente a fatia de limão sol.

Ainda em 1929, Tarsila fez sua primeira exposição individual no Brasil, no Palace Hotel do Rio de Janeiro, e seguida de outra no Salão Gloria, em São Paulo. Em 1930, ela foi destaque em exposições em Nova York e Paris.

Em 1931, Tarsila viajou para a União Soviética, fez exposição de suas obras no Museu de Arte Ocidental de Moscou, e viajou para outras cidades e a pobreza e a situação do povo russo, tiveram um grande efeito sobre ela, como vimos em sua pintura Operários (1933).

No restante de sua carreira, ela se concentrou em temas sociais. A pintura que representa esse período é Segunda Classe (1931). Ela também começou a escrever uma coluna semanal de arte e cultura para o Diário de São Paulo, que continuou até 1952.

Em 1938, Tarsila do Amaral, finalmente se estabeleceu em São Paulo, onde passou o restante de sua carreira pintando pessoas e paisagens brasileiras. Em 1950, ela fez uma exposição no Museu de Arte Moderna de São Paulo, e foi considerada “a mais brasileira das pintoras, que representa o sol, os pássaros, tão simples quanto os elementos de nossa terra e natureza”.

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Sobre Maria

“Ao longo de minha carreira artística pude aprimorar a minha forma de estimular a criatividade.

Fui me observando e cheguei à conclusão de que o processo criativo artístico necessita de quietude para fazer fluir os pensamentos, sendo que, para mim, apenas 1% é fruto da criatividade, os 99% restantes são de suor e de muito trabalho.”

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