PAUL CÉZANNE
GRANDES ARTISTAS
Foi um pintor Pós-Impressionista francês que nasceu em Aix-en-Provence, no Sul da França, em 1839 e faleceu em 1906.
Seu trabalho forneceu as bases da transição das concepções do fazer artístico do século XlX, para a arte inovadora do século XX. Através da obra de Paul Cézanne, podemos compreender um pouco a arte como linguagem visual, de espaço e de tempo, linguagem que o artista intuitivamente está sempre buscando.
Pequeno ainda Cézanne estudou na Academia de Artes de Aix-en-Provence, e ganhou dois prêmios como pintor-desenhista. Aos 20 anos foi estudar em Paris e encontrou o grupo de Impressionistas: Pissaro, Van Gogh, Degas, Seurat, Gauguin e Monet que usavam pinceladas rítmicas. A cor passou a ser o grande elemento, tudo convertido em reflexo colorido. O espaço havia se tornado tão fluído, absolutamente dinâmico e imaterial, sem noção de perspectiva, era pura luminosidade.
Paul Cézanne pouco a pouco se separa da ideia do claro-escuro na pintura, assimila a lição de Claude Monet e trabalhou com Camille Pissaro em Auvers-sur-Oise entre 1872 e 1873, mas volta a sua cidade natal e chega à maturidade artística. Ele queria a profundidade e uma das maneiras como conseguiu construi-la, foi por meio de um primeiro plano e de um recuo de superposições de pequenas manchas de cor. Nas obras de Cézanne há uma ordenação dinâmica que configura um novo padrão espacial de profundidade, animado pelos grandes ritmos da natureza.
Ele pintou inúmeras naturezas-mortas, era incansável, sempre experimentando novas possibilidades dentro do conceito de espaço dinâmico universal. Pintou 122 telas da Montanha Sainte-Victoire, perto da sua casa em Aix-em- Provence, em 1906 ele chega ao apogeu de suas procuras sobre a representação de paisagens e da ilusão espacial, Cézanne define os fundamentos da Arte Moderna.
Cézanne escreveu uma carta para seu filho, um mês antes de falecer afirmando: “Devo dizer que, como pintor, estou começando a enxergar melhor a natureza… aqui na beira do rio os motivos são tantos, que o mesmo objeto visto de um ângulo diferente já daria para novos estudos de maior interesse; não alcancei a riqueza da natureza”.