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O medo

O MEDO

Nesse encontro sobre as emoções na Arte, para falar como os artistas representam “O Medo”, algo que não é novo na história da Arte, podemos começar pelos gregos. Para Homero, os mortais têm tanto medo da guerra quanto dos bárbaros em suas fronteiras. Os antigos também sabiam que o medo também é uma boa forma de governar. A história do homem, descreve a íntima relação entre a arte e a expressão dos sentimentos.

MICHELÂNGELO BUONARROTI, na retórica da punição divina lembra aos fiéis de seus deveres. “Detalhe do Juízo Final” – afresco entre 1535 – 1541, Capela Sistina, Vaticano – Itália.

ANNE- LOUIS GIRODET – pintor francês (1767 – 1824) Terror que paralisa, o corpo do velho, o rosto de pavor (do pai) e reflexos de sobrevivência (na mulher e filhos). Todos os ingredientes do melodrama estão concentrados nessa pintura de Girodet. Contando sobre uma família atingida pelo Dilúvio, de formato gigantesco, até então reservado à pintura histórica. Essa tela teve grande sucesso no Salão de 1806, e venceu um concurso. 1806 “Cena do Dilúvio”, óleo sobre tela (441 x 341 cm)

FRANCISCO GOYA – pintor e artista espanhol, nascido em Saragossa em 1746 e faleceu em Bordeaux, França em 1828. Sua visão ultrapassou o Romantismo, ele era Iluminista e Humanista, de grande sensibilidade e paixão. Em 1808, Goya pintou “O Fuzilamento de 3 de Maio”, que se tornaria uma obra-prima consagrada. Nessa tela, uma fileira de soldados de costas, só uniformes, pernas, braços e fuzis apontados. Quem tem rosto é o povo, com uma expressão de pavor e desespero. Goya mostra a brutalidade, sem simbolismo rebuscado. A vítima, no caso, é um homem indefeso, com camisa branca, de peito aberto e braços levantados. O quadro é extremamente comovente. Quem o vê, emudece. 1814, óleo sobre tela (268 x 347 cm), Museu do Prado, Madri – Espanha.

LÉON COGNIET – “Cena do Massacre dos Inocentes “– exibido no Salão de 1824 ao lado de Delacroix, essa tela pulsa sua força no olhar apavorado da mãe que põe a mão na boca do filho, para abafar o choro e o medo. Óleo sobre tela (261,3 x 228,3 cm)

REGINA PARRA – artista contemporânea brasileira, nascida em 1984, vive e trabalha em São Paulo. A artista usa linguagens variadas como pintura, instalação e vídeo para se expressar. “Meu foco é o corpo social da mulher, como lugar de afirmação e de uma potência possível”. “Ofelia”, de Hamlet, como referência. Regina fez uma série coreográfica ilustrando a violência implícita contra a mulher. “Não mais como a frágil e dócil amante de Hamlet de Shakespeare e sim a mulher contemporânea que se levanta”. 2018 – “Tenho medo que sim” – fotografia.

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Sobre Maria

“Ao longo de minha carreira artística pude aprimorar a minha forma de estimular a criatividade.

Fui me observando e cheguei à conclusão de que o processo criativo artístico necessita de quietude para fazer fluir os pensamentos, sendo que, para mim, apenas 1% é fruto da criatividade, os 99% restantes são de suor e de muito trabalho.”

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