DJANIRA DA MOTTA E SILVA
Pintora Brasileira
Pintou a paisagem nacional em estilo Arte Primitiva com linhas e cores simplificadas.
Djanira nasceu em Avaré – SP em 1914 e faleceu no Rio de Janeiro em 1979.
Djanira era descendente de imigrantes austríacos e índios guaranis, desde jovem trabalhou nos cafezais da região, suas recordações de infância, deixaram impressões que foram projetadas em seus quadros.
Em 1939, Djanira se mudou para Santa Teresa – RJ, na Pensão Mauá, na qual viviam muitos artistas e era um local de convívio com intelectuais da época. Djanira passou a ter aulas de pintura com Emeric Marcie e Milton Dacosta, hóspedes da pensão. Em 1940 ela frequenta o curso noturno do Liceu de Artes e Ofícios do RJ.
Em 1942, Djanira expõe no Salão de Belas Artes do RJ e, em 1943, realizou sua primeira exposição individual, na Associação Brasileira de Imprensa e recebeu “Menção Honrosa”. Na sua segunda exposição no Salão Nacional de Belas Artes, em 1944, conquistou medalha de bronze. Nesse mesmo ano, Djanira participou da “Mostra de Pintores Brasileiros em Londres”.
Entre 1945 e 1947, viveu em Nova York. Em 1946 realizou uma exposição individual na sede da União Pan-Americana de Washington.
Djanira gostava de mergulhar no tema das suas obras e vivia a realidade das pessoas, dos ofícios e das crenças. Ela representou mineiros de carvão de Santa Catarina; a extração de ferro, em Minas Gerais; os indígenas Canela, do Maranhão, sempre se inserindo na realidade deles.
Entre 1950 e 1951 pintou o mural “Candomblé “, para a residência de Jorge Amado, em Salvador e outro mural para o Liceu Municipal de Petrópolis, RJ.
Em 1964, confeccionou o painel “Santa Bárbara” 130m², que se encontra no Museu Nacional de Belas Artes do RJ.
Djanira foi a primeira artista brasileira a ser representada no Museu do Vaticano, e sua obra “Sant’Ana de Pé”, foi adquirida em 1972.
Apesar de suas principais obras serem em tela, ela trabalhou com diferentes suportes e foi também desenhista, ilustradora, cartazista, cenógrafa e gravadora brasileira.