CLAUDIA ANDUJAR
Filha de mãe Suíça protestante e pai húngaro judeu, morto em um campo de concentração, Claudine Hass, nasceu em 1931, na cidade de Neuchâtel – Suíça; é uma fotógrafa e ativista naturalizada brasileira. Desde a década de 70 se dedica à defesa dos índios Yanonami.
Claudia Andujar, mudou-se aos 16 anos para os EUA, em Nova York, conheceu Júlio Andujar com quem casou e viveu pouco tempo, mas nunca deixou de usar o sobrenome do ex-marido. Ainda em NY, formou-se em Humanidades pelo Hunter College e trabalhou como intérprete da ONU.
Em 1955, Claudia chegou ao Brasil, onde já vivia sua mãe, naturalizando-se brasileira.
ComeçLatina, fotografando muito, as pessoas, as paisagens, os costumes, como uma forma de estabelecer contato com a população. Progressivamente começou a publicar suas fotos em revistas brasileiras e estrangeiras. Ficou amiga de Darcy Ribeiro, e por sua orientação entrou em contato com índios, pela primeira vez em 1958, durante uma visita à Ilha do Bananal, terra dos Karajá. Algumas dessas imagens foram compradas pelo diretor do Museu de Arte Moderna de New York e depois foram publicadas na revista Life.
Em 1967, começou a colaborar com a revista Realidade, Editora Abril, junto com seu marido, o fotógrafo norte-americano George Love. Em 1971, fazendo uma edição para a revista Realidade sobre a Amazônia, Claudia teve contato com os Yanomami.
Esta viagem marcou sua vida, e Claudia Andujar decidiu abandonar SP e o fotojornalismo, indo viver em Roraima e Amazonas em tempo integral. Teve o apoio de duas bolsas da Fundação Guggenheim (1971 e 1974) e outra da Facesp, em 1976. Retornou a SP e organizou um grupo de estudos em defesa da criação de uma área indígena Yanomami. Sendo o embrião da ONG CCPY (Comissão Pró-Yanomami). Claudia assumiu a coordenação da demarcação desta terra indígena, que ocorreu em 1992.
Ao assumir o ativismo em prol da causa Yanomami, Claudia foi diminuindo progressivamente sua atividade de fotógrafa ao longo dos anos 80. Há mais de 20 anos vem se dedicando a causa dos índios yanomami, mostrando sua cultura e denunciando seu genocídio. Claudia Andujar tem 91 anos e vive em SP.