Artesanato
Desde criança, além de desenhar muito, minha mãe me ensinou a costurar e fazer crochê, e a minha irmã mais velha me ensinou o tricô.
Eu fazia casaquinhos de tricô para minhas bonecas. Depois de adulta fazia casacos para meus filhos e para dar de presente para os bebês das amigas.
Fiz a roupa do batizado da minha filha e ela estava muito linda no dia!
Paralelamente a minha vida de pintora e desenhista eu fazia tricô e crochê como profissão. Criando tramas para mantas, xales, blusas, bolsas e echarpes, já que morava numa das cidades mais frias do Brasil, e minhas criações artesanais sempre foram um sucesso.
Tive uma orientadora do Ateliê que me incentivou a desenhar e pintar minhas tramas do crochê, foi uma experiência ótima, que ainda uso em alguns abstratos.
Tenho o artesanato como terapia ocupacional. Sempre que estou cansada ou num intervalo entre séries de arte, trabalho com artesanato e assim vou criando e vivendo.
Amo cada peça que crio e adoro ensinar outras pessoas a criarem suas peças únicas.
Minha paixão é arte e artesanato, sempre agradeço as oportunidades que tenho, as experiências, os ensinamentos, o trabalho, a persistência, as viagens, as boas energias…, mas nunca desisto de meu sonho de poder compartilhar tudo isso e empreender na Educação. Isso me move todos os dias: eu acredito!
O que é artesanato?
É a arte com as mãos e que pode ser reproduzida em grande escala.
Qual a sua definição?
É o próprio trabalho manual, utilizando-se de matéria-prima natural e é a produção de um artesão, mas com a mecanização da indústria o artesão é identificado como aquele que produz objetos pertencentes a chamada cultura popular. Exemplo: tricô, crochê, bordado, costura, tramas, etc.
(…) “O artesanato foi por muito tempo a única forma de criar artefatos, evidenciando que a atividade artesanal acompanha a humanidade desde seus primórdios. O artesão era parte de um grupo, ou seja, não existia o caráter individual do criador e as obras eram criação de todos.
Com o passar do tempo, o artesão torna-se o sujeito possuidor do conhecimento de um ofício manual e da capacidade de transmiti-lo para seus aprendizes.
No século XVIII, com a Revolução Industrial, a relação artesão e artesanato se modifica, a introdução da máquina permite a produção de mais objetos em menor tempo. Até meados do século XX, o artesanato ainda era tido como uma fonte de resistência a supremacia da mecanização, mas o artesanato acaba por se adaptar às mudanças que ocorrem na sociedade. Assim, um marco importante a ser mencionado foi quando em 1960, obras artesanais passam a ser expostas em museus.
Conceituar a prática artesanal é discorrer sobre os diversos âmbitos de formação de uma sociedade, levando em consideração as mudanças, o tempo, o espaço e o sujeito. Portanto o artesanato é definido como algo heterogêneo, é uma expressão cultural de valor material e com forte carga imaterial, está inserido entre a tradição e a contemporaneidade “
Juliana Porto Machado – Revista de Ciências Humanas e Sociais
UNIPAMPA -RS – Brasil – 2016)
O artesanato brasileiro é um dos mais ricos do mundo e garante o sustento de muitas famílias e comunidades. A prática artesanal faz parte do folclore e revela usos, costumes, tradições, e características de cada região.
Os índios são os mais antigos artesãos. Eles utilizavam a arte da pintura, usando pigmentos naturais, a cestaria e a cerâmica, sem esquecer a arte plumária como os cocares, tangas e outras peças do vestuário feitos com penas e plumas de aves.