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CÂNDIDO PORTINARI

CÂNDIDO PORTINARI
GRANDES ARTISTAS

Cândido Portinari nasceu em 1903, na cidade de Brodósqui, interior de SP, e faleceu em 1962, no RJ. É considerado um dos mais importantes pintores brasileiros, talvez o artista que alcançou a maior projeção internacional.

Filho de imigrantes italianos, desde sua infância mostrou a vocação artística e não completou sequer a escola primária. Aos 14 anos auxiliou artistas e escultores italianos, que restauravam igrejas na sua cidade. Aos 16 anos, decidido a se aprimorar, ele foi morar no RJ para estudar na Escola Nacional de Belas Artes. Portinari vendeu sua primeira obra aos 17 anos – “Baile na Roça”. Aos 20 anos participou de exposições, sendo elogiado em vários jornais e se interessou pelo movimento Modernista brasileiro.

Em 1922, apresentou-se no Salão Nacional de Belas Artes, com uma obra acadêmica e conquistou o primeiro prêmio – uma viagem à Europa. Portinari partiu em 1928, com 25 anos fixou-se em Paris, visitando também a Itália, Inglaterra e Espanha. Conheceu artistas e Maria Martinelli, uruguaia de 19 anos, com quem se casou, viveu sua vida toda e tiveram um filho.

Regressaram ao Brasil em 1931 e Portinari mudou completamente a estética de sua obra, valorizando mais as cores e a ideia de suas pinturas, despertando nele um interesse social profundo. Pintou uma série expressionista religiosa em têmpera sobre tela de grandes dimensões, na verdade painéis. Deixando de lado as telas pintadas a óleo, começou a se dedicar a murais e afrescos.

A pintura “O Lavrador de Café “, de 1935 – Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, foi premiado na Exposição Internacional do Instituto Carnegie de Pittsburg nos EUA. Esse acontecimento abriu as portas para o pintor naquele e em outros países. Logo a seguir, produziu 3 grandes painéis para o Pavilhão do Brasil na “Feira Mundial de New York”, em 1939.

Portinari nos anos 40 acentua o caráter de denúncia social de sua pintura, seja como decorrência da precariedade da situação social brasileira, seja como reflexo das calamidades da Guerra. O processo de reconhecimento se consolidou e Portinari participou da “Mostra de Arte Latino- Americana”, no Riverside Museum, em New York. Nesse momento Portinari teve o primeiro livro dedicado à sua pessoa, a obra “Portinari, His Life and Art”, da Universidade de Chicago, USA. Em 1941, o artista produziu os murais da Fundação Hispânica da Biblioteca do Congresso Americano, em Washington, D.C., enaltecendo a temática latino-americana. Foi convidado por Oscar Niemeyer, em 1944, a contribuir com 2 obras São Francisco e Via Sacra, para a Igreja da Pampulha, em Belo Horizonte (MG).

A primeira exposição de Portinari na Europa, na importante “Galerie Charpentier” em Paris, foi no ano de 1947. Recebeu a medalha de Ouro do “Prêmio Internacional da Paz”, em 1950. Foi destaque na 1ª Bienal de Artes de São Paulo em 1951. Entre 1953 – 1956, Portinari realizou os famosos murais Guerra e Paz para a Sede da ONU, em New York.

Em 1955, também em New York, o artista é honrado com a Medalha de Ouro da “International Fine -Arts Concil “, na categoria de melhor pintor do ano.

Importante ressaltar que Portinari, em 1958, foi o único artista brasileiro convidado para a exposição 50 anos de Arte Moderna, no “Palais des Beaux-Arts”, em Bruxelas- Bélgica.

Portinari pintou cerca de 5 mil obras e conseguiu prestígio nacional e internacional. Sua produção foi em têmpera sobre tela e óleo sobre tela. Tornou-se renomado ao explorar temáticas brasileiras que incluem luta de classes, trabalhadores rurais, favelas e cidades. Produziu obras de cunho social, religioso e obras relacionadas a sua infância na sua terra natal.

A década de 50 marcou a vida de Cândido Portinari, isso porque surgem problemas de saúde causados por intoxicação de chumbo presente nas tintas que o pintor utilizava em suas pinturas. Ele faleceu em 6 de fevereiro de 1962, aos 58 anos de idade.

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Sobre Maria

“Ao longo de minha carreira artística pude aprimorar a minha forma de estimular a criatividade.

Fui me observando e cheguei à conclusão de que o processo criativo artístico necessita de quietude para fazer fluir os pensamentos, sendo que, para mim, apenas 1% é fruto da criatividade, os 99% restantes são de suor e de muito trabalho.”

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